
A Saúde, A Doença , A Cura e os Curadores.
( Folhas de Outono )
Dedicado a todos os que se preocupam em ajudar pessoas
doentes
Antes de qualquer coisa é preciso gerar um grau
de clareza e objetividade, para que o entendimento seja acessível
a qualquer pessoa que queira se aplicar em saber um pouco além
do que as situações atuais normalmente permitem. Somos
todos semelhantes no Físico, todos temos uma Mente como instrumento
que permite que a Inteligência enfoque pontos de referência
(idéias) no cérebro, mas primordialmente somos uma Consciência
que pode ser atuante em qualquer idade.
Quando o organismo como um todo apresenta um estado de equilíbrio
em suas reações químicas e em seus níveis
de energia, experimentamos uma sensação agradável
que corresponde a perfeita harmonia no funcionamento dos conjuntos de
órgãos como Sistemas e Aparelhos. Temos então uma
condição que poderíamos denominar de uma experiência
de saúde.
A DOENÇA
Se tomamos consciência de situações
que provocam emoções conflitantes e que resultam em sensações
desagradáveis de desconforto, como tristeza, amargura, medo,
incerteza, insegurança e que gerem estados de tensão na
consciência, experimentamos um desequilíbrio energético
que pode ou não evoluir para uma sensação ou sintoma
desagradável como uma dor de cabeça, uma gastrite, uma
colite, e essa é uma experiência não saudável.
O importante é perceber que se a nossa consciência não
passa por tensões e se permanece em um estado de equilíbrio
que podemos denominar de um estado de paz, seja superficial ou mais
profunda, não há desequilíbrio energético
nem desequilíbrio nas reações químicas e
a experiência de saúde permanece. Inversamente, se tensões
na consciência mantém o desequilíbrio, mantém-se
os sintomas e estes evoluem para uma doença declarada. Experimentamos
então um estado de doença.
A CURA
Denominamos "Cura" ao processo que se estabelece na intenção
de fazer voltar o estado de equilíbrio energético, equilíbrio
das reações químicas internas (homeostasia) e ao
bom funcionamento de todos os órgãos. É também
o nome que damos ao resultado final quando o processo é bem sucedido.
A "cura" pode ser expontânea, quando o organismo reage
à condições adversas, ou quando há mudança
de posicionamento de consciência e de atitudes por conta própria.
A cura expontânea pode ser total ou parcial. Total se a mudança
interna foi radical ; parcial se há uma volta as condições
de tensão e desequilíbrio anteriores.
Quando a pessoa não consegue voltar ao estado de equilíbrio
sozinha e necessita de ajuda, poderá entrar em cena alguém
que participa do Processo de Cura com a intenção de ajudar
a pessoa doente a voltar a experimentar um estado de saúde. Essa
pessoa que ajuda pode ser denominado de "Curador", mas ninguém
cura ninguém, apenas ajuda ao que o outro se cure.
A pessoa é um ser integrado por um físico e por uma consciência
que manifesta maior ou menor grau de percepção e de inteligência.
A pessoa se relaciona com o meio ambiente, tendo percepções
de modo objetivo e de modo subjetivo. Diante de um tipo de percepção
a pessoa pode ter uma reação que poderá ficar apenas
no nível subjetivo, ou ainda se expressa-la de modo objetivo.
Quando o adulto é amadurecido e controlado, tem a oportunidade
de escolher o tipo de reação. Quanto mais infantil, mais
rápida é a reação manifesta por uma explosão
em palavras, em gestos e em atitudes.
A criança aprende a agir e a reagir na medida que adquire a noção
de espaço. Aprende a sentir na medida que interage com as pessoas
de seu ambiente. Aprende a pensar de modo dedutivo e depois indutivamente
desenvolvendo o raciocínio que deve ser lógico a partir
dos sete anos. Acreditamos que o adulto normal, tendo desenvolvido essas
etapas, possa desenvolver a noção de tempo e de causalidade,
reagindo às condições do ambiente e escolhendo
como agir, como sentir e o que pensar. Estamos sempre escolhendo e fazendo
opções. Se agimos ou reagimos de maneira adequada há
equilíbrio. Se fazemos opções que gerem tensões,
quando se toma consciência dos resultados, a tensão na
consciência provoca um desequilíbrio energético
e este abala a integridade do físico, surgindo um sintoma. O
estado natural é o equilíbrio.
A saúde é conseqüência do equilíbrio
e a cura é voltar ao mesmo equilíbrio com integridade
física. Levando em conta que uma pessoa é um ser integrado
por um físico, e por uma consciência que manifesta maior
ou menor inteligência, e que um estado de consciência pode
influir energeticamente nas reações químicas que
determinam o estado físico, podemos considerar que haja um grande
número de motivos e de tipos de tensões de ordem física,
emocional, intelectual e espiritual, e em função disso
a possibilidade de que haja mais do que um tipo de curador.
OS CURADORES
Há curadores que equilibram a energia no nível do físico.
Há curadores que equilibram a energia no nível das emoções.
Há curadores que interferem no nível da consciência.
Há curadores que interferem no nível mental.
Alguns usam substâncias químicas que agem nas reações
do físico, obedecendo a Leis relativamente estabelecidas pela
pesquisa. Há curadores que usam substâncias químicas
de ervas, usando conhecimentos empíricos. Há curadores
que usam as palavras para interferir nos processos da consciência,
como na psicologia e na sugestologia. Nos xamãs e nos conselheiros
espirituais e religiosos, além das palavras pode haver algum
tipo de impressionismo com relação aos sentidos e às
emoções. Há curadores que interferem diretamente,
sem palavras, mente a mente, de consciência para consciência.
Jesus , por exemplo, demonstrou que era um curador por excelência,
e de certa maneira manifestou taxativamente que todos são curadores,
manifestos ou em potencial, quando afirmou : "se vós fizerdes
as coisas que digo que façam, coisas maiores do que esta que
eu faço, vós fareis." Pelas medidas de Jesus todas
as pessoas nascem com essa habilidade, supostamente porque trariam em
si o "Sopro Divino", ou, o Pai em nós.("O Pai
em mim opera as Obras" J.C.).
Ao que parece, é uma questão de ter algum tipo de atitude
de início e depois possuir um sistema, ou "ferramentas"
que viabilizem o processo. Para seguir as atitudes de Jesus, é
preciso ter um bom senso de ética e um desenvolvido e desinteressado
amor ao próximo. As evidências mostram que é possível
ter outros tipos de atitudes dentro de uma ética religiosa ou
filosófica, uma vez que o "Sopro Divino" se existe,
existe desde "Adão" como princípio de formação
da humanidade e há curadores em todas as culturas e em todas
as religiões e mesmo entre ateus.
Além da atitude ética, é preciso ter um tipo de
procedimento que funcione como ferramenta. O procedimento e as ferramentas
podem ser intuitivos ou ainda aprendidos, mas a base está em
que se alguém desenvolveu intuitivamente ou aprendeu um tipo
de procedimento que funcionou, que esse alguém permaneça
fiel a sí mesmo, mesmo que isto o faça diferente dos demais
que de alguma maneira se achem entendidos no assunto. Observamos que
os curadores que usam procedimentos "mágicos", ensinam
seus filhos desde a idade de 4 anos, fixando assim no subconsciente
dos mesmos algum tipo de ferramenta psíquica.
Com base nessas idéias que tem origem em fatos de observação
e na experiência, é possível acreditar que todos
são curadores latentes quando já não estão
atualizados.
Na medicina oficial e tradicional, os curadores devem aprender anatomia,
histologia, citologia, fisiologia, farmacologia, bioquímica,
práticas médicas etc. etc. como informação
e depois fazer residência médica para desenvolver a formação
como curador. Na primeira fase armazenam informações objetivas
e na segunda fase associam o lado objetivo com o lado subjetivo da percepção
no diagnóstico e no prognóstico. Quando conseguem se completar
tratam dos sintomas e dos 10% das doenças que se tornaram orgânicas,
passíveis de observação objetiva. Da observação
dos resultados, sabemos que os medicamentos ajudam, mas nem sempre curam.
Nos demais casos em que as doenças são de fundo subjetivo
(90%), o sucesso depende do grau de maestria do curador, do tipo de
"ferramentas" disponíveis, do grau de receptividade
do paciente que precisa de uma mudança na consciência e
nas atitudes, bem como depende da interação entre paciente
e curador. Talvez por essa razão nem na medicina oficial nem
fora da mesma o processo de cura pode ser garantido. Muitas vezes o
afeto maternal de uma enfermeira é mais efetivo do que o procedimento
médico.
Saindo do aspecto físico e orgânico de constatação
objetiva, há toda uma gama de níveis de distúrbios
energéticos, seja em nível físico ou seja emocional,
mental ou ainda espiritual, daí as inúmeras categorias
de curadores oficiais tradicionais e extra oficiais, alternativos legalizados
ou ilegais, cada qual tentando um tipo de abordagem.
Os primeiros curadores "oficiais" antes da Renascença
foram os religiosos, desde os ecléticos sacerdotes egípcios
até os padres e freiras milagreiros, que tomaram para si o direito
da "cura divina" no ocidente, isto antes que a medicina tradicional
e oficial se desenvolvesse como ciência. Muitos curadores que
estavam "fora" da Igreja, embora no mesmo nível de
atitude e com as mesmas ferramentas dos religiosos, foram queimados
pela "santa inquisição" como bruxos. Ainda hoje
em dia há curadores que trabalham com energia vinda de Deus e
se apresentam como canais para que Deus "possa" operar nesse
trabalho. Muitos acreditam que sendo o corpo um veículo da energia
divina ou cósmica, deve ser mantido puro, enquanto que há
outros que acreditam mais em um envolvimento pessoal com o amor ao próximo,
sentindo que é deles que flui uma energia curadora, independentemente
de serem puros ou não, podendo muitas vezes se dar o caso de
não acreditarem em Deus.
O importante é que em todos os casos a cura poderá ocorrer,
desde que haja receptividade do paciente ("a tua fé te curou,..."
"a tua fé te salvou" de J.C.)........A segunda coisa
importante é que o que uma pessoa pode fazer, todos tem o potencial
de fazer. Não existe doença que não tenha sido
curada em algum lugar, espontaneamente ou com a ajuda de alguém.
Nenhum método ou procedimento é o único ou o melhor.
Na medida em que percebemos que tudo começa na consciência,
e assumimos a responsabilidade por tudo o que acontece em nossa vida,
quando podemos escolher e temos opções, somos também
responsáveis pelo que se estabeleça em nossa consciência
no sentido de criar a nossa realidade. É a auto consciência,
seja ela adquirida através da filosofia ou do caminho religioso.
Alberto Barbosa Pinto Dias
Atibaia, 31 de Agosto de 01
Fone 0xx 11 4415-1613
Enviado pelo leitor e Prof. Alberto Dias
e-mail: diasmind@uol.com.br
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