Era uma vez um peregrino que caminhava rumo a Santiago de Compostela.
Fazia a rota do Norte, na costa da Espanha. Todos os dias podia ver
o Oceano Atlântico por alguns minutos ou horas. No primeiro dia
de peregrinação, aventurou-se até a tomar banho
no mar gelado. Não conseguiu mais do que petrificar suas pernas
até o meio das coxas. Molhou as costas
para gelar mais um pouco e satisfazer parcialmente o desejo-sonho. Estava
bem longe das praias do Brasil. Ficou mesmo muito feliz de reencontrar-se
com o oceano, mesmo que tenha sido somente uma vez durante aquela caminhada.
Após andar solitário, e sofrer com sua mochila, seu cajado
e sua Vieira (concha) - e ser sumamente feliz - por cem quilômetros,
aconteceu o inevitável. O Pai Azul não haveria de dedicar
ao peregrino tantos "acasos", tão grandes "presentes"
durante a preparação para a caminhada se não fosse
para conversar intimamente e oferecer uma sagrada missão. As
conversas que tinham tido anteriormente já haviam sido esquecidas
pelo
humano peregrino.
Mas agora era diferente. O pobre homem, sozinho na estrada,
experimentando minuto a minuto o sofrimento e a felicidade da peregrinação
não poderia sequer olhar para os lados para ver se o "barbudo"
estaria por acaso falando com outra pessoa que não fosse ele
mesmo. Desta vez ele não teria como arranjar motivos para esquecer
novamente o pedido. Estava ali, na estrada, somente ele e o Seu Infinitamente
Amoroso, Infinitamente Sábio, Infinitamente Bondoso Pai, o "chefe"
mais maravilhoso do Universo. Bastou o de sempre. Uma vozinha sumida
no meio dos seus pensamentos. Um sussurro apenas. Um pensamentozinho
tranqüilamente confundível com os outros pensamentos do
pobre homem:
1 "Uma lei para toda a humanidade", que obrigue todas as
entidades, todos os empreendimentos públicos e privados
que de qualquer maneira estejam trabalhando ou se envolvendo com armas
a oferecer condições materiais e todo apoio moral a todos
os seus empregados e colaboradores para que se dediquem a projetos humanitários.
Tal lei deverá vigorar a partir do ano de 2010, ou quando a humanidade
a tiver votado, aprovado e colocado em vigor.
- - -
O Infinitamente Bondoso Pai-Mãe está pedindo. Mas o gesto
de lucidez haverá de ser nosso (seus filhos amados).
- - -
2 Após entrar em vigor, obrigará as entidades e mpreendimentos
a cumprir um calendário em que a adesão a projetos humanitários
será gradual. Nos dois primeiros anos, 2010 e 2011, por exemplo,
um por cento do tempo de trabalho dos trabalhadores e colaboradores
será dedicado aos projetos
humanitários. Nos dois anos seguintes, 2012 e 2013, serão
dois por cento do tempo habitual de trabalho. Em 2020 e 2021 poderemos
ter alcançado uma dedicação de seis por cento do
tempo de trabalho para projetos humanitários. Em 2070 e 2071,
trinta e um por cento do tempo para o bem da humanidade.
O projeto estará completo em cem anos. A partir de 2108 e 2109
teremos alcançado uma dedicação aos projetos
humanitários idêntica ao esforço armamentista (50%
do tempo para cada um dos trabalhos).
- - -
A humanidade não terá dificuldade de descobrir as infinitas
felicidades que este projeto proporcionará quando em execução.
Não há necessidade de defende-lo. Ele fala por si mesmo.
- - -
3 Os empreendimentos armamentistas serão também obrigados
a um calendário gradual que deverá se completar até
os primeiros cinqüenta anos do PROJETO DESARMAMENTO no qual alcançarão
cinqüenta por cento de trabalho com instrumentos de "defesa
da humanidade e dos animais". Teremos então, dentro das
atividades das entidades armamentistas uma outra divisão no seu
trabalho essencialmente armamentista, que alcançará 50%
de
produção de instrumentos e atitudes dedicados à
defesa da humanidade, dos seres humanos e dos animais.
Possivelmente em 2058 e 2059 teremos alcançado este outro objetivo,
sendo que a produção de armas e o trabalho com armas que
antes era essencialmente armamentista terão se dividido em armamentista
propriamente dito (50%) e de produção de instrumentos
e de atitudes de defesa (50%).
- - -
4 E para que todos possam estar integrados neste trabalho
e tenham experiência e conhecimento suficiente para avaliar e
fiscalizar todos os avanços, e viver a felicidade da participação
direta no PROJETO DESARMAMENTO, teremos um calendário para o
restante das entidades e empreendimentos, que não estão
envolvidos de nenhuma maneira com armas. Terão um outro calendário
gradual de atividades humanitárias, este escolhido e definido
mais abertamente por toda a humanidade no decorrer das negociações
para a implantação da nova LEI DO DESARMAMENTO.
= = = = = = =
Estou aqui para oferecer a ti e à humanidade inteira este Projeto
Desarmamento. Peço aos legisladores de todo o mundo que examinem
este projeto e elaborem projetos de lei semelhantes.
Peço a ti e a toda a humanidade que vote, apóie e trabalhe
para que este projeto se torne realidade. Peço que todos, no
decorrer do desenvolvimento deste Projeto Desarmamento, escolham pontos
focais de troca de informações e apoios. Se eu puder ser
um destes pontos de apoio, por favor, dirijam sua correspondência
para: flaviowolff@portoweb.com.br
ou
Recanto de Paz
A/C flávio wolff
Av. Antônio de Carvalho, 2600 / 218
91430-000 Porto Alegre / RS / BRASIL
Publicado pelo nosso terapeuta Flávio
Wolff
|